DOM, O GATO DE PATINHAS BRANCAS


 Dom é um gato dorminhoco que está sempre dormindo pelos cantos. Ele vive em uma casa grande e adora brincar. A comida predileta dele é Atum do Pacífico. Nada bobo esse nosso gato!  Com as patinhas brancas ele corre e voa para salvar o planeta da destruição e ajudar a humanidade em seus conflitos.

Sr. Xavier e a Sra. Arieta são os tutores de Dom e nem imaginam que ele tem um cantinho secreto dentro da casa para acompanhar as notícias na língua dos gatos. Eles também não sabem que o Dom tem superpoderes. Nesse pequeno escritório, o gato recebe as informações para resolver os problemas da Terra.

Um dos hábitos de Dom é se esconder pelos cantos. Certo dia, ele subiu no telhado da casa. (Não sabemos como ele chegou lá e nem o que foi fazer, mas lá estava). Com o sumiço, Sr. Xavier percebeu que a Sr. Arieta estava procurando e foi buscar o bichano. Ao se aproximar, Dom ficou nervoso e arranhou Sr. Xavier.  Após o susto, percebemos que Dom estava à procura da sua comida predileta, o Atum do Pacífico.

 De repente, na rotina de Dom, surge um chamado em seu escritório, para resolver o caso de uma pequena cidade chamada Vila Alegre.

Não se sabe como começou, mas as pessoas não estavam mais conversando umas com as outras e isso causou muitos problemas que chegaram até nas cidades vizinhas.

Dom pensou muito antes de aceitar o chamado, porque parecia ser impossível fazer com que as pessoas voltassem a conversar nessa aldeia. Mas o que fazer para ajudar? Pensou. O gato de patinhas brancas, como era conhecido, acabou aceitando o desafio.

Lá vai ele no seu tapete vermelho, que também era mágico e tecnológico.  Sem preocupação, ele voa com rapidez e segurança. Com todo esse conforto, ele aproveita a preguiça para tirar uma soneca.

Ao chegar à bela cidade, ele observa a situação na Vila Alegre e percebe que iria enfrentar um grave problema de comunicação entre os moradores. A situação já estava atrapalhando os negócios e a cidade estava triste. O curioso era que ninguém sabia o motivo de não se falarem mais.

Os vizinhos viviam de mau humor e os turistas já não estavam indo para a bela cidade Vila Alegre, isso deixou o vilarejo um verdadeiro deserto.

Vila Alegre era uma cidade linda, conhecida pelos jardins e praças, as ruas cheias de árvores e pequenas casas aconchegantes. 

Dom tinha que resolver esse problema. O que fazer? Pensou o gato.

Os professores não se falavam, os policiais, os vizinhos e as famílias também não. Os médicos não se comunicavam. Apenas se ouviam os sons dos passarinhos e do vento.

Dom saiu pela cidade e espalhou vários bilhetes em todas as residências, que dizia o seguinte recado: “Dom, o gato, convoca a todos para uma importante notícia de interesse local”.

O plano era deixar todos juntos, mesmo que de mau humor, para que pudessem interagir e fazer um abraço coletivo. Para Dom, o plano era bom e podia dar certo.

O dia amanheceu e os moradores foram à praça central. O mau humor era grande e a situação estava difícil, mas Dom, em um passe de mágica e com o seu sorriso encantador, fez com que todos se olhassem. No final, todos se olharam e se abraçaram, foi uma festa que só na cidade.

A alegria voltou a reinar na pequena Vila Alegre. Todos abraçaram Dom. Logo depois fizeram uma grande festa e prometeram conversar.

Dom, muito feliz, sorriu e subiu no tapete vermelho. Mais do que rápido, já estava dormindo e foi descansar um pouco na sua bela casa.

Sr. Xavier e Sra. Arieta já estavam à procura do gato. Sempre que desaparecia colocavam sua comida predileta e eis que surge Dom, mais que depressa e miando, ao encontro de seu Atum do Pacifico.

 

© 2019. José Perez Urtiaga Martinez

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Capa: José Pérez Urtiaga Martínez

Ilustração da capa: Leandro Youki Heiligen e José Pérez Urtiaga Martínez

Revisão gramatical: Jornalista Elaine Cristina Nogueira e Fabio Farias

 Direitos de publicação reservados a José Perez Urtiaga Martínez



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